Com base no Código de Trânsito Brasileiro e em boas práticas, ciclistas contribuem para um trânsito mais seguro, mas precisam da colaboração de todos
Com o avanço da mobilidade urbana, a bicicleta tem conquistado espaço não apenas como meio de transporte sustentável, mas também como aliada contra o trânsito congestionado e a poluição das grandes cidades. No entanto, para que essa transformação ocorra de forma segura, é necessário que ciclistas, condutores e pedestres compartilhem as vias com responsabilidade e respeito mútuo.
Pedalar no mesmo sentido dos veículos é uma das orientações mais importantes. A prática de circular na contramão, embora ainda comum, aumenta o risco de colisões frontais e dificulta a previsibilidade dos movimentos no trânsito. O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) estabelece diretrizes específicas para garantir a segurança dos ciclistas — entre elas, o uso de campainha, espelho retrovisor do lado esquerdo e refletores em diversos pontos da bicicleta, como pedais, laterais e extremidades dianteira e traseira.
Embora o uso de capacete não seja obrigatório por lei, especialistas recomendam fortemente seu uso. Além disso, à noite, luzes piscantes tornam-se indispensáveis para aumentar a visibilidade do ciclista, especialmente em vias de tráfego intenso ou com pouca iluminação.
A comunicação no trânsito é essencial também. Ciclistas devem sinalizar com as mãos ao mudar de direção ou parar, uma atitude simples que pode evitar sinistros de trânsito. O mesmo vale para condutores, que devem manter uma distância lateral mínima de 1,5 metro ao ultrapassar bicicletas — uma medida de proteção prevista em lei e muitas vezes ignorada.
É importante lembrar que a bicicleta é reconhecida como um veículo pelo CTB, o que garante ao ciclista o direito de circular nas vias públicas. Em locais sem ciclovias ou ciclofaixas, o ideal é manter-se à direita, mas nunca colado ao meio-fio. A proximidade com buracos, desníveis ou carros estacionados pode representar um risco maior do que ocupar parte da faixa. Estar visível e seguro deve ser prioridade.
Nos cruzamentos e faixas de pedestres, o cuidado deve ser redobrado. A prioridade é sempre de quem está a pé. Reduzir a velocidade, observar o entorno e dar passagem são atitudes que reforçam um trânsito mais gentil e humano.
Em um cenário onde os desafios urbanos se multiplicam, atitudes conscientes no trânsito fazem toda a diferença. Pedalar com responsabilidade, respeitar as normas e valorizar a vida são ações que ajudam a construir uma mobilidade mais segura, saudável e sustentável para todos.