SEGURANÇA NO TRÂNSITO: COMPROMISSO QUE VAI ALÉM DO MAIO AMARELO

Movimento cumpriu seu papel de conscientização, mas a segurança viária exige internalização de hábitos para resultados duradouros

Por: Por: Thalia Lemos - atualizado em 30/05/2025 às 11h17
30/05/2025
Image Segurança no trânsito: compromisso que vai além do Maio Amarelo

A intensidade da campanha Maio Amarelo, com suas mensagens de alerta, estatísticas impactantes e a cor que simboliza a atenção no trânsito, mais uma vez trouxe à tona a urgência da segurança viária. No entanto, mais do que uma ação concentrada em um único mês, o verdadeiro desafio está em transformar essa mobilização em uma cultura contínua de cuidado no trânsito, que ultrapasse os limites do calendário e se incorpore ao comportamento diário de condutores, pedestres e ciclistas.

Essa transição, segundo a coordenadora de Educação para o Trânsito, Rositânia de Farias, depende de algo mais profundo: a mudança de mentalidade. “Para que essa cultura se consolide, é necessária uma avaliação interna de cada um. Trazer para você e para dentro de você a importância que você tem no trânsito e o que você gostaria para esse trânsito. Quando você faz essa análise, você automaticamente já está trabalhando a sua própria mudança de comportamento. E é exatamente sobre isso que a gente fala nas campanhas, a nível nacional ou não. Através dos projetos educativos que se trabalham o ano inteiro”, explica.

A essência do comportamento seguro

Por muito tempo, a segurança no trânsito foi vista principalmente como uma questão de fiscalização e punição. Embora essas medidas sejam importantes, elas servem mais para controlar o risco do que para evitá-lo de fato. Já a cultura de segurança foca na prevenção, fazendo com que o respeito às leis aconteça de forma natural, e não apenas por obrigação.

A internalização de comportamentos seguros começa na base: pela educação desde a infância. Segundo a coordenadora, programas que incentivem o respeito às regras e a empatia no trânsito são fundamentais. “A criança pode ser um agente de transformação dentro de casa e na comunidade. Por isso, o Governo do Maranhão, por meio do Detran, investe em projetos desde a primeira infância até a fase adulta, como o Detran Vai à Escola e o Condutor do Amanhã, que proporcionam essa visão humanizada e de responsabilidade individual. Quando esse trabalho começa cedo, formamos adultos mais conscientes e empáticos no trânsito. Afinal de contas, o respeito ao outro é o ponto chave de tudo”, disse.

A servidora também chama atenção para uma das novidades do ano: o Programa Conexão DNIT. “O Conexão DNIT chega para capacitar os professores a trabalharem a educação para o trânsito em sala de aula. E isso é muito positivo, porque além de aprenderem, esses educadores contarão com total apoio do Detran Maranhão, com materiais gráficos e digitais que facilitarão esse processo de educação para o trânsito em todo o estado”, completou.

O desafio da continuidade

O desafio de manter o engajamento pós-campanhas reside na persistência da mensagem e na percepção de que a segurança é uma responsabilidade compartilhada. Para a coordenadora Rositânia de Farias, esse é um trabalho que exige constância. 

“É um esforço contínuo, não pode ser pontual. Precisamos insistir na mensagem até que a mudança se consolide e a responsabilidade individual se torne parte do cotidiano. Se cada um não fizer sua parte, o trânsito não muda. Pode não acontecer de imediato, mas quando plantamos essa semente, ela vai brotar. É só questão de tempo”, afirma.

Em 2024, o Departamento Estadual de Trânsito do Maranhão (Detran-MA) impulsionou essa transformação, levando a campanha Maio Amarelo a 82 cidades maranhenses. Foram realizadas 913 ações educativas, impactando diretamente mais de 251 mil cidadãos em diversos locais como escolas, empresas, vias públicas e comunidades, transmitindo mensagens de conscientização e educação no trânsito. 

Legado da campanha


O verdadeiro legado do Maio Amarelo não se mede apenas pelos números alcançados durante o mês da campanha. Ele reside, sobretudo, na capacidade de semear a ideia de que a segurança no trânsito é, e deve ser, uma prioridade diária. É a partir dessa internalização de hábitos e da construção de uma cultura de respeito e prevenção que o Brasil poderá, de fato, reduzir os índices de sinistros de trânsito e tornar as vias um espaço mais seguro para todos. A semente foi plantada; agora, o desafio é cultivar essa consciência para que ela floresça em um trânsito mais humano e seguro para todos.



Fonte: Assessoria de Comunicação
Edição: Kleo Souza

1 - COMO FUNCIONA O CRLV DIGITAL?

RESPOSTA: Na prática, o CRLV digital é mais uma forma de digitalizar oficialmente os documentos que precisam estar em posse do motorista durante a circulação com o veículo.

2 - PARA QUE SERVE O CRLVE?

RESPOSTA: As versões digitais podem substituir as versões tradicionais (de papel) em uma abordagem de trânsito. Ou seja, qualquer uma delas é válida, ainda que autoridades esperem que o uso da versão digitalizada se torne amplo, reduzindo questões como roubo ou perda do documento físico, que pode ficar guardado em um local seguro.

3 - QUEM PODE USAR O CRLVE?

RESPOSTA: Todos os proprietários de veículo que estejam devidamente regularizados podem utilizar no formato digital ou impresso. Vale lembrar que, segundo a legislação de trânsito vigente, os motoristas que trafegam sem o CRLV são autuados de acordo com a lei.